8.01.2013

Reflexões a Montmartre

Ao calcular as medidas dos desenhos encaixados de certos paralelepípedos, eu percebo sombras e anjos incorrigíveis e árvores tortas, mortas desde a tenra semente.

Sinto deus que dispõe entre minhas carnes e o sol sua velha lente de aumento.

E além do bem e do mal,
meu pensamento é de você
Bares
Madrugadas

Suadouros

Abram suas garrafas que eu nunca me curo a seco.
Imagino colares sobre o seu pescoço desnudo mirado em um espelho de uma casa que vamos habitar.
Quando você vier
Quando vier de inteireza
E pouca reza
Quando quiser me querer
Quando souber que longe de mim você é arquitetura frágil
Longe de mim você não presta.

E quando você vier
Eu também estarei a chegar
Quando você vier já não serei mais
esta criatura que espera idosa
o amor da doida juventude

remoçarei e linda cantarei um beijo ao pé do ouvido dos teus pés cansados.