Os meninos da rua Célia não
sabiam do mal terrível que estava por vir,
Se soubessem, desafortunados, não
seriam mais meninos.
Entre as boas tardes ali daquele
país quente, alguns conseguiam acender seus cigarros roubados, escondidos em
algum beco do bairro, para que seus parentes não descobrissem de toda fumaça,
toda briga, toda punheta, todo escândalo.
Era acordado entre os meninos da
rua Célia que um segredo é sempre irrevelável... por mais que queimem as
severas cintadas na bunda e nas pernas.
Mas Perdidinho não era um menino da rua Célia, era um
menino da rua Aurora e nem desconfiava sobre os contratos historicamente instituídos
por aqueles moleques.
Inventou de acender um cigarro
roubado à vista de muita gente e de imediato deflagrou os velhos costumes
daquela meninada que foi julgada às pressas pelas tias e avós
- responsáveis fêmeas por sua educação.
Por outro lado, o clã dos meninos
da rua Célia já se organizava para
descobrir quem era aquele delator para puni-lo por sua atitude traidora.
Perdidinho rápido que era, bateu
em retirada assim que percebeu os primeiro olhares repressores das senhoras à
rua. Escondeu-se atrás da igrejinha matriz e ali ficou durante algumas horas
até que...