11.13.2012



Os meninos da rua Célia não sabiam do mal terrível que estava por vir,


Se soubessem, desafortunados, não seriam mais meninos.


Entre as boas tardes ali daquele país quente, alguns conseguiam acender seus cigarros roubados, escondidos em algum beco do bairro, para que seus parentes não descobrissem de toda fumaça, toda briga, toda punheta, todo escândalo.

Era acordado entre os meninos da rua Célia que um segredo é sempre irrevelável... por mais que queimem as severas cintadas na bunda e nas pernas.

Mas Perdidinho não era um menino da rua Célia, era um menino da rua Aurora e nem desconfiava sobre os contratos historicamente instituídos por aqueles moleques.

Inventou de acender um cigarro roubado à vista de muita gente e de imediato deflagrou os velhos costumes daquela meninada que foi julgada às pressas pelas tias e avós
 - responsáveis fêmeas por sua educação.
Por outro lado, o clã dos meninos da rua Célia  já se organizava para descobrir quem era aquele delator para puni-lo por sua atitude traidora.

Perdidinho rápido que era, bateu em retirada assim que percebeu os primeiro olhares repressores das senhoras à rua. Escondeu-se atrás da igrejinha matriz e ali ficou durante algumas horas até que...

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