8.17.2011

A casa cheia de pragas, pragas nas plantas, nos móveis, nos livros, é uma casa viva. Porque as pragas não iam desejar alimentar-se de morte.
Não tranco a porta mais que duas vezes para não agourar nem apodrecer o lar.
Deixo sobre a mesinha ao centro da sala um retrato de família um tanto antigo que mostra minha vida desde os meus últimos aniversários até a noite de ontem.
Saio na rua e tento fazer revoluções.
Caminho solitária até encontrar-me em alguma matilha.
Assalto um banco em minha cabeça.

Cato tintim por tintim os caquinhos e
os destroços
do que sobrou do dia


ponho esse extrato numa prateleira
de troféus
na etiquetinha grafo: bom dia ruína.

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