6.02.2009

Tristeza

É pelos meus que aqui escrevo.
Morreu hoje um do artistas que fez parte de minhas primeiras andanças na escola de teatro.
Eu nunca o conheci de fato, nunca fomos apresentados, mas andávamos pelos mesmos lugares e provavelmente amávamos as mesmas pessoas. Hoje essas pessoas estão doídas, chorosas, tristes, debaixo de alguma mangueira da praça da República, lamentando a partida de mais um companheiro.
Faz menos de três anos nosso Luiz Octávio e nossa Darcy foram embora... e é curioso como nestas minhas andanças pela autonomia da educação, pela liberdade, pela força pública, pelo poder da palavras, pelos poeminhas de fundo de panela, pela sonoridade dos apitos, pela necessidade de dar cria, pela subjetivação da marginal pinheiros, pela canastrice sagrada de toda cena, eu acabei apagando da minha memória alguma dor que não se apaga.

O Walter Bandeira eu só conheci de voz e de oi, mas quem me consolará agora que os olhinhos da Olinda estão tristes no meu pensamento?

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