Eu tenho uma faca no peito e ando com ela por aí
minhas camisas todas sujas de sangue escorrendo
meu ar cansado de quem não suporta mais a dor, mas suporta: não suportando não doeria.
No ônibus, olhando assim tudo pela janela, carro passando, gente, mundo, pensamento
verde, amarelo e do tipo vermelho
arde mais a faca no peito, e entra mais, e dá voltas circulares
só para brincar de tortura
o chão do ônibus fica todo lambuzado do que eu era por dentro
sinto vergonha
ainda bem que ninguém vê.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Amo essa sua melancolia, é macia e ao mesmo tempo dura de se ler.
ResponderExcluiroi joão! que legal, muito obrigada! vamos trocar!
ResponderExcluirbjos