Eu dizia para meu pai,
Não sou filha de Benedito – que era o pai de meu pai...
Sou filha de Antonio...
Mas ele teimava em retrucar que seu pai fora um homem muito
bom, que tratava bem todos os empregados, que nunca ficara em dívida com
ninguém e que, portanto, não era condição temível ser filha de Benedito.
E eu começava a chorar umas lágrimas ardidas que pulsavam
tanto quanto minha fúria de peito.
Meus ímpetos bélicos faziam-me repetir: não sou filha de
Benedito, sou filha de Antonio...
Mas Antonio era tão inclinado a Benedito que acabei ficando
órfã.
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