5.25.2009

subjeito e a chuva

hoje sou abcesso, a espera de unhas que me apertem, jorrando todo pus que me há, conhecidos meus me esvaziam os sentimentos, ausentes nos assentos, me restando só o conhecimento, como a chuva que deslava e me suja, entristece. 
anteontem eu pensara na chuva de outrora olhar, que profundo me deixava e agora a chuva suja me deslava e me esvazia.
quero sentar no assento do subjeito profundo de sensação, e de conhecimento descartado.
faço um ato, um pedido, pra que a chuva toque a pele do subjeito e ganhe sentido. 
e que esse subjeito, no alto de sua torre de efeito, seja espelho limpo, minto, que a chuva lave esse espelho, deixando sujo e feio, só sensação, sem percepção. estético, não estático.

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